sábado, 8 de março de 2008
Às mulheres
Palavras sábias do profeta, mas na maioria dos povos Islâmicos e um pouco por todo o mundo, as mulheres continuam a ser discriminadas, agredidas, maltratadas e violentadas.
Este dia não é para ser celebrado, pois o dia da mulher é todos os dias, mas para ser meditado e relembrado que existem muitas mulheres a sofrer. A todas elas a minha solidariedade, desejando que a paz, harmonia e felicidade retorne aos seus corações.
Segundavida
quarta-feira, 5 de março de 2008
Este país não é para velhos
Na última semana estreou nas nossas salas de cinema o filme, o título intrigava-me e eu então fui ver. Arrecadara quatro estatuetas douradas, só por isso recomendava-se. Nos anos oitenta, uma sangrenta luta pela posse de um malote cheiinho de dinheiro deixada num fracassado negócio de droga e “aproveitada” por um caçador de prémios. Crime, acção e sangue a rodos, o desempenho do Javier Bardem é fantástico, que encarna um psicótico e perigoso assassino o qual jogava a vida das suas vítimas num simples gesto de moeda ao ar, pois não podia deixar o malote em mãos alheias.
A sua interpretação valeu-lhe o prémio para o melhor actor secundário, que foi bem entregue, já sobre a melhor realização, os irmãos Coen também mereceram a distinção, agora quanto ao melhor filme, na minha opinião, não foi bem atribuído, pois o derramar gratuito de tanto sangue não pode ser notabilizado.
Neste filme também temos um Xerife, interpretado por Tommy Lee Jones, que se decide mais por apoiar psicologicamente os fracos, que na realidade nenhuma culpa têm, do que apanhar o infalível e terrível assassino. Os tempos apresentavam-se-lhe de mudança, descambavam para uma criminalidade cada vez mais cruel, a idade começava já a pesar e descobriu que “Este país não é para velhos”, não tinha mais argumentos para tal cenário.
Curiosamente foi também nesta semana que o nosso país foi grassado por uma série de crimes violentos. Dizem que andamos atrasados em relação às grandes potências, neste panorama apetecia dizer “ainda bem”, precisamos de progresso mas no que toca à criminalidade violenta, bem pode por lá ficar. Parece que os vinte e tais anos estão ultrapassados, esperemos que neste país os novos enveredem por bons caminhos e os velhos nunca percam a vontade de lutar. Para isso cabe um papel importantíssimo aos nossos governantes, pois para se trabalhar no combate ao crime, que é uma missão bastante espinhosa, são necessários meios, motivação e reconhecimento.
Segundavida
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Vale sempre a pena
QUE MÚSICA ESCUTAS TÃO ATENTAMENTE
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?
Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.
Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?
Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim.
Eugénio de Andrade
(Coração do dia)
Vale sempre a pena esperar
Vale sempre a pena tentar
Porque poderá vir o dia
Que o amor sopre a mesma melodia.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Arquivados

Pergunto, o que é que está a falhar?
O governo avançou para uma reforma da justiça no sentido de esta ser mais célere e eficaz, para mim não foi mais que experimentações em várias situações, em que o resultado é “tapa a cabeça e descobre os pés”. As dificuldades para a investigação aumentaram e levam ao cometimento de erros, que, por sua vez, para justificação desses erros, levam a declarações públicas infelizes. Certo é que temos um sistema judicial encalhado, que deixa escapar os “espertos”, punindo apenas a arraia-miúda.
Assim a democracia em Portugal continua enferma!
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Carnaval Português
Posteriormente fala-se em festejos Egípcios de homenagem à deusa Isis, de eventos a deuses Gregos, festejos Lupercais (em honra ao deus Pã, protector dos rebanhos), de festivais em Roma dos Césares, ligadas às famosas Saturnálias (festas dedicadas ao deus Saturno), de carácter orgíaco e também de fenómenos astronómicos e naturais como o regresso do sol na Primavera.
Quanto à palavra Carnaval, a mais “sonante” pensa-se que deriva da palavra Carnelevarium que significava a véspera da quarta-feira de cinzas e quando começava a abstinência da carne para os católicos. Desde a idade média, o Carnaval está associado ao calendário cristão e representava, naquela época, o período de festas profanas que se iniciava ou a partir de 25 de Dezembro, ou no Dia de Reis, e se estendia até a Quarta-Feira de Cinzas, quando começavam os jejuns da Quaresma. (pesquisado na net).
máscaras de Veneza (da net)
O Carnaval festeja-se um pouco por todo o mundo católico sendo de realçar o de Itália (Veneza), Alemanha (Munique), de França (Paris), mas o mais importante e espectacular está considerado o do Rio de Janeiro, no Brasil.
Em Portugal, o Carnaval até à década de 80 era festejado da forma tradicional portuguesa, mas o tema poderia ser diferente de terra para terra. Na generalidade assistiam-se a brincadeiras com máscaras artesanais e disputas para ver qual seria o melhor mascarado; faziam partidas dizendo mentiras de modo a enganarem o familiar, vizinho ou amigo; também era muito usual os homens vestirem-se de forma ridícula ou de mulher e vice-versa; outros, molhavam quem passava na rua com bisnagas ou pistolas de plástico e também metiam papelinhos na boca do amigo ou familiar, muitos ficavam chateados, por isso costumava-se dizer “é Carnaval ninguém leva a mal”.
Em algumas zonas do país nunca se perderam as origens mais remotas, como os Caretos de Podence (clicar) do Nordeste Transmontano e os de Lazarim (clicar) na zona do Douro. Também os de Torres Vedras, Ovar e Sesimbra, continuam a ser fiéis às suas raízes e porventura outros espalhados pelo país.
É de enaltecer a persistência das gentes destas regiões em não deixar perder a originalidade destes festejos, vale mais assim do que andar a fazer plágios por vezes grosseiros e caricatos de Carnavais doutros países.
segundavida
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Continuidade
Considerações
O novo ano iniciou “à antiga”, felizmente, com chuva e frio, afinal estamos no Inverno e esta estação no nosso país, devido à situação geográfica que ocupa, deve ser assim. Curiosamente, nos noticiários, ouvia dizer “o mau tempo assolou o país”, mas porquê mau tempo, penso eu que, mau tempo seria se estivessem dias de sol, calor e tempo seco. Claro que é uma força de expressão e “o que é mau para uns torna-se bom para outros”.
Retrospectiva
Janeiro ficou marcado por alguns acontecimentos de assinalar. Entre eles, a Cimeira Ibérica, onde Sócrates e Zapatero apertaram as mãos para também um apertar de relações entre os dois países (ou entre os dois presidentes). Pela negativa, no estrangeiro, as cheias no Vale do Zambeze, em Moçambique, obrigando à deslocação das suas habitações de milhares de pessoas, também os confrontos no Quénia, devido à crise eleitoral, que já vitimaram centenas de pessoas.

Pelos menos a saúde
As orientações economistas deste governo viraram-se desta vez para um terreno pantanoso, que é o sistema nacional de saúde. O processo de encerramento de serviços de urgências em centros de saúde e hospitais, principalmente no interior do país, está a colocar os hospitais distritais a “rebentar pelas costuras”, que não estão preparados para estas alterações. As populações, nomeadamente as mais desfavorecidas, que são a grande maioria, estão a sofrer na pele, pois estão a perder os SAPs e têm que fazer grandes deslocações para as consultas de urgência. Numa altura em que as desigualdades sociais se estão a acentuar, o governo decidiu “atacar” mais uma vez os mais pobres, que são os que mais sofrem e até já o direito à saúde estão a perder, pois a grande maioria não têm possibilidades de recorrer ao sector privado.
segundavida