domingo, 3 de maio de 2009

Para ti mãe!


Mãe, já não posso desejar-te um feliz dia, mas ESTEJAS ONDE ESTIVERES ÉS ETERNA NO MEU CORAÇÃO.

segundavida

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Catribana

Nos meus passeios pela zona saloia, cada vez que passava por S. João das Lampas, em Sintra, reparava numa placa a indicar “Catribana”. Além de ter um nome invulgar também vim a saber que existia nesta povoação uma calçada e uma ponte Romana. Como gosto especialmente de história, passei pela biblioteca e descobri em documentos, factos que se referem às origens daquele povoado.

Vim a apurar que foram efectuadas em 1950 explorações arqueológicas, sob a responsabilidade de Prescott Vicente e Cunha Serrão, já que a toponímia do local (Catrivana) sugeriria aos investigadores, etimologias célticas. Mais tarde foi encontrada uma estação arqueológica num ponto elevado, cujas encostas, muito pedregosas, caem sobre a margem de um curso de água (Ribeira da Samarrra) e cujas características e espólio encontrado sugerem um povoado Neolítico de meados ou finais do 4º milénio a.C.

Também se descobriram vestígios significativos de cerâmica, pequenos machados de diorito e anfibolito, um furador de osso e várias outras peças em sílex e lascas de quartzito, vestígios depositados no Museu Regional de Sintra. Perto deste local também se descobriu uma estação Luso-Romana, provavelmente uma necrópole.


Poderá estar aqui a explicação para a calçada e ponte Romana, dado que para o Império, os meios de comunicação eram de primordial importância, neste caso, provavelmente uma via secundária, que ligava duas vilas Romanas importantes, e também o acesso à necrópole.

Desde o largo principal de Catribana caminhei por uma estrada de terra em direcção a sul da aldeia, ao fim de cerca de 1km, encontrei a ponte Romana, composta por um só arco com parapeito. Após passar sobre a ponte fui por um carreiro, entre o mato, tendo descido até à ribeira de Bolelas, que aqui já é denominada da Samarra, por estar perto da Praia da Samarra.

Junto à ribeira tirei algumas fotos da ponte e pude constatar que está muito mal conservada, direi mesmo em completo abandono (como se pode ver nas fotos). É uma tristeza enorme verificar que os organismos competentes não conservam (ou fazem conservar) o património histórico. Interrogo-me se esta ponte não é considerada suficientemente importante, mas ela está classificada como imóvel de interesse público ( http://www.ippar.pt/pls/dippar/pat_pesq_detalhe?code_pass=69672 ) pelo IPPAR, não se compreende.

Quanto à calçada Romana, no lado direito da margem da ribeira, pude constatar que existe um empedrado de cerca de 50 metros, mas a maioria das pedras estão soltas, dizem que devido à prática de moto-4. Penso que, se este património não for preservado convenientemente tende a desaparecer. Temos pena….

Segundavida

domingo, 5 de abril de 2009

Pôr-do-sol


Lembro-me de uma vez ter ficado na praia da Costa da Caparica até ao pôr-do-sol, fiz fotos magníficas, mas naquela altura ainda não existiam as máquinas digitais, as fotos não tinham a qualidade que hoje nos podem presentear as modernas.
Na quinta-feira passada nuns momentos de maior reflexão e introspecção deu-me para ir até ao Guincho, em Cascais, onde fiquei até o sol pôr.





Fiquei a aguardar que o sol se escondesse por completo, é um momento sempre emocionante, que registei nestas fotos.

Segundavida

sábado, 21 de março de 2009

Pólos da pobreza e riqueza


Angola possui bastantes recursos para ser um dos países mais desenvolvidos de África, desde ouro, diamantes, petróleo, até o clima e os solos são bons para a agricultura, mas há diversos factores que impedem que o seja, entre eles o mais marcante é a corrupção que grassa no país.
O Papa, em visita a Angola, no seu discurso, um dos apelos que fez foi o da necessidade do combate à corrupção. O apelo soou bem perto nos ouvidos do presidente que estava presente, será que lhe arderam as orelhas? Pois ela encontra-se implantada de dentro para fora, são os funcionários do governo, desde o simples polícia até às mais altas instâncias governamentais os mais prevaricadores.
Nesta visita também contrastam POBREZA/RIQUEZA, por um lado um povo em que cerca de 70% vivem no limiar da penúria, por outro, José Eduardo dos Santos, e o representante máximo do Vaticano, porventura o homem mais rico de Angola e uma das instituição mundiais de maior magnificência. Qual terá sido o contributo, apenas palavras de alento?

Segundavida

segunda-feira, 9 de março de 2009

Lagoa Azul

Já passei lá muitas vezes e algumas até parei alguns momentos para olhar, via uma lagoa mais castanha que azul, cheia de limbos e até lamas. Interroguei-me muitas vezes o porquê de Lagoa Azul, também porque não a limpavam para que a água ficasse mais límpida? Fiquei de lá voltar com mais tempo para apreciar a paisagem e tirar umas fotos. Na terça-feira passada, como estava o dia límpido e tinha a tarde livre, dei por lá umas voltas.



Constatei que aquele local tem mais beleza do que aparenta para o simples passante. Situa-se nas faldas da Serra de Sintra, rodeada de mata densa constituída essencialmente por pinheiros e acácias (mimosas), que pendem à procura da água. Ao longo dos anos na lagoa, proporcionou-se a patos, rãs, tartarugas e peixes um habitat próprio. Quando tirava algumas fotos apercebi-me de uma família de patos a tratar da vida, de algumas tartarugas que mergulhavam na água ao sentirem a minha aproximação, várias espécies de pássaros, que nidificam nos arbustos envolventes e outras espécies de animais e insectos.



A água está escura, esverdeada/acastanhada, devido às lamas vindas da serra, também das folhas que para lá caem e nesta época das flores amarelas das “mimosas” que a tingem de amarelo.


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Quanto ao azul, também pude constatar que ele está lá, não da cor da sua água, mas sim o azul celeste, pois quem ali se deslocar e se situar na zona mais a Norte, poderá ver o azul do céu espelhado nas suas águas. Talvez provenha daí a designação Lagoa Azul.

Segundavida

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Um abraço

Passados cerca de 20 anos voltei a visitar o monumento ao Cristo Rei, em Almada, um lugar emblemático para quem quiser avistar as duas margens do Tejo nas zonas de Lisboa e Almada.



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O monumento foi “pensado” em 1934, pelo facto do Cardeal Cerejeira, na altura Patriarca de Lisboa, ter visitado a imponente imagem de Cristo Redentor do Corcovado no Rio de Janeiro - Brasil. Mais tarde, quando se inicia a II Guerra Mundial, os Bispos fazem um voto "Se Portugal fosse poupado da Guerra, erguer-se-ia sobre Lisboa um Monumento ao Sagrado Coração de Jesus”. Portugal livrou-se da guerra e a construção do monumento foi uma realidade, tendo sido iniciado em 1949 e inaugurado a 17 de Maio de 1959. A autoria é dos arquitectos António Lino e Francisco de Mello e Castro e dos mestres - escultores Francisco Franco e Leopoldo de Almeida. O monumento está a 113 metros acima do nível do mar e tem uma altura de 110 metros. (fonte: site oficial do santuário Cristo Rei)


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O monumento está imbuído de uma forte conotação religiosa, a estátua do Redentor, está voltada para Lisboa por uma razão simbólica: ao estar de braços abertos para a capital, todo o mundo português estaria dentro do abraço de Deus.

Porém muitos dos visitantes deslocam-se ali, para através do terraço poderem apreciar belas paisagens. Fui um dos privilegiados, do seu miradouro avistei grande parte dos concelhos de Lisboa e Almada do Barreiro até ao Seixal; o rio Tejo na sua plenitude, desde Oeiras até ao Mar da Palha; Lisboa com os seus monumentos e a emblemática ponte sobre o Tejo, dos quais pude registar através de fotos.




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A ponte 25 de Abril, a ligar as duas margens do Tejo

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Ao longe a Baixa Lisboeta, o Tejo e embarcadouro de Cacilhas.



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A cidade de Almada e o Tejo a banhar Lisboa

Terminada a visita lá voltei eu para a outra margem, ficando tempos infinitos na fila para a ponte, tendo a oportunidade de ficar a contemplar a estátua, que dali parecia pequena.

Segundavida

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009