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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O tempo

Nos últimos tempos o tempo tem sido curto, desde o início de Setembro que ando a frequentar o RVCC para fazer o 12º ano, está previsto terminar em Dezembro e o trabalho tem sido muito.
Depois de muitas mudanças e convulsões no sistema de ensino operadas nos anos pós-revolução, de 1974 a 1981, farto de tanta mudança, abandonei a escola. Frequentava o 11.º ano do curso “Arte e Design”, na altura terminara “o propedêutico” (o ano de acesso ao ensino superior) e foi criado o 12º ano. Foi precisamente há 27 anos, parecia ninguém saber o que querer e o que fazer com o ensino, desisti e decidi prosseguir a minha vida a trabalhar.
Recentemente o governo encarregou-se de mudar as regras no sistema de avaliações (avaliações curriculares) e com este novo modelo, para poder progredir na minha carreira profissional, arriscava-me a ficar para trás, por isso decidi agarrar a oportunidade e completar o 12º ano, neste programa do governo denominado “Novas oportunidades”.
Na antiguidade, o grande Sócrates afirmara: “Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância”. Quando da apresentação deste projecto, Sócrates (o José) também referiu: "temos que fazer mais, temos que fazer melhor e temos que fazer mais rápido". Num certo contexto estão em consonância mas existe um ditado popular que diz “Depressa e bem há pouco quem” e quatro meses para demonstrar o que se sabe penso que seja muito pouco tempo. Já entreguei os trabalhos agora só falta comparecer a “exame”, ao que chamam “Sessão de júri”, que será em Dezembro.

Desequilíbrios

Num destes fins de semana fui à minha terra natal visitar os meus familiares, principalmente o meu pai que se encontra bastante debilitado. Também revi amigos e aproveitei para dar umas voltas pela zona, principalmente uma “ida aos míscaros”, uma espécie de cogumelos comestíveis, muito apreciados na zona. Fiquei surpreendido, pois míscaros (cogumelos) nem vê-los, a terra estava ressequida, por isso imprópria para o seu crescimento. Noutros tempos por esta altura, eram aos montes, pois as chuvadas de Outono já tinham sido suficiente para a sua reprodução.
Quero com isto chegar aos desequilíbrios do tempo. Nos últimos 40 anos mudou consideravelmente, lembro-me que as chuvas começavam em Outubro, continuavam em Novembro e prolongavam-se (a ver vamos...), eram raros os anos que não caíam grandes nevões nas terras altas do interior e Norte. Era normal no Outono.



Por outro lado, no outro hemisfério, onde é Primavera, em que os dias deveriam já estar bem iluminados e aquecidos pelo sol, caiem grandes tempestades de chuva e vento, como foi nos últimos dias o caso do Sul do Brasil, tendo o Estado de Santa Catarina sido assolado por um grande temporal, contabilizando-se já 84 vítimas mortais e elevados danos materiais, principalmente em Jaraguá do Sul e Joinville, como foi testemunhado pela Mar, no seu blogue Suspiros de Gaia. Para todos os que estão a sofrer, principalmente com a perda dos seus entes queridos, envio a minha solidariedade.
Principalmente a partir da Revolução Industrial os céus foram invadidos por gazes poluentes e agravou-se com o desenvolvimento dos motores de combustão dos automóveis, aviões e máquinas agrícolas. Pouco tem sido feito para inverter esta situação, agravando-a ainda mais com a destruição contínua do verde dos campos e das florestas, em prol da construção.
A natureza tem as suas leis e elas têm sido desrespeitadas, por isso colhemos o que semeamos.

Segundavida.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Continuidade

Costuma-se dizer “ano novo vida nova”, como o segundavida na plataforma da sapo já tinha atingido a cota máxima e também por estar a dar alguns problemas na edição de artigos e carregamento de aplicações, resolvi mudar, mas os objectivos continuam a ser os mesmos, participar neste mundo virtual, opinar, divulgar algumas memórias e assimilar conhecimentos, pois a nossa “passagem” é uma continua aprendizagem.

Considerações

O novo ano iniciou “à antiga”, felizmente, com chuva e frio, afinal estamos no Inverno e esta estação no nosso país, devido à situação geográfica que ocupa, deve ser assim. Curiosamente, nos noticiários, ouvia dizer “o mau tempo assolou o país”, mas porquê mau tempo, penso eu que, mau tempo seria se estivessem dias de sol, calor e tempo seco. Claro que é uma força de expressão e “o que é mau para uns torna-se bom para outros”.

Retrospectiva

Janeiro ficou marcado por alguns acontecimentos de assinalar. Entre eles, a Cimeira Ibérica, onde Sócrates e Zapatero apertaram as mãos para também um apertar de relações entre os dois países (ou entre os dois presidentes). Pela negativa, no estrangeiro, as cheias no Vale do Zambeze, em Moçambique, obrigando à deslocação das suas habitações de milhares de pessoas, também os confrontos no Quénia, devido à crise eleitoral, que já vitimaram centenas de pessoas.


Pelos menos a saúde

As orientações economistas deste governo viraram-se desta vez para um terreno pantanoso, que é o sistema nacional de saúde. O processo de encerramento de serviços de urgências em centros de saúde e hospitais, principalmente no interior do país, está a colocar os hospitais distritais a “rebentar pelas costuras”, que não estão preparados para estas alterações. As populações, nomeadamente as mais desfavorecidas, que são a grande maioria, estão a sofrer na pele, pois estão a perder os SAPs e têm que fazer grandes deslocações para as consultas de urgência. Numa altura em que as desigualdades sociais se estão a acentuar, o governo decidiu “atacar” mais uma vez os mais pobres, que são os que mais sofrem e até já o direito à saúde estão a perder, pois a grande maioria não têm possibilidades de recorrer ao sector privado.

segundavida