O outro lado da campanha eleitoral
Sempre que há campanhas eleitorais assistimos a várias “cenas
de teatro”, protagonizadas pelos políticos que percorrem o nosso país de
lés-a-lés, na caça ao voto.
Deparamos sempre com um ANTES e DEPOIS, das eleições
Na campanha, eles deslocam-se a mercados, onde beijam as
vendedoras, dançando com elas alegres e improvisadas valsas. Calcorreiam ruas escuras, sujas e esburacadas.
Percorrem (sempre bem acompanhados) bairros problemáticos
dos subúrbios das grandes cidades, onde
cumprimentam os moradores com um sorriso nos lábios.
DEPOIS: Passadas as eleições, “ao mercado vai a empregada
doméstica, era só o que faltava, levar com aquele cheiro a peixe e quanto a
dançar… beijinhos…só mesmo nas próximas eleições”.
Caminhar em ruas escuras, sujas e esburacadas “isso é para
os outros, porque não moro nesse bairro”.
Visitar bairros degradados, “arranjar problemas para quê? Só
se lá for a parar por engano, em dia de muito azar”.
Agora podem dizer que isto sempre assim foi e que assim vai
continuar, mas também existe o direito de afirmar que eles, nestas alturas, são
hipócritas, porque manifestam sentimentos que não têm.
Amanhã são as eleições para o Parlamento Europeu, novos milionários se esperam, pois as regalias que vão fruir são de outro planeta. Muito se tem falado do esbanjamento de dinh€iros no Parlamento Europeu, quando, com a crise que vai pela Europa, recomendava outra contenção e uma melhor utilização das euros. A luta é renhida, pois é o Eldourado dos partidos.
Não me apetece nada votar.
João A. Melo