quinta-feira, 5 de maio de 2011

Caminhada pela Serra

Vista do Bairro da Biquinha-Covilhã

Pela Páscoa, desloquei-me mais uma vez às terras que me viram nascer e onde passei os tempos da minha juventude, a Covilhã e Vila do Carvalho. Estes tempos de contrastes, com a tristeza da memória da crucifixão de Cristo, mas também de alegria, no domingo, na sua Ressurreição, foram partilhados em confraternização, no seio da família. Também matei saudade, tanto de amigos, que já não via há alguns anos, como de locais, que me causam grandes nostalgias.

Instalações da Universidade nas antigas fábricas

A chegar às antigas fábricas de lanifícios
Desta vez, numa visita à sede do CCD Arsenal Futebol Clube de S. Francisco, um popular clube de bairro da Covilhã, que realiza eventos desportivos, entre eles desportos na natureza, verifiquei que, no domingo de manhã, iria ter lugar uma caminhada, na qual também participariam a minha irmã e minha sobrinha, que conhecendo o meu gosto pelo contacto com a natureza, me sugeriram acompanhá-los.  
Assim foi, a partida deu-se junto à bonita igreja de S. Francisco, seguindo-se pela Av. Frei Heitor Pinto até ao Sineiro, local onde outrora existiram diversas fábricas de lanifícios, tais como Ernesto Cruz e Fiação Rosetas, algumas delas reaproveitadas em instalações da Universidade da Beira interior.

Ribeira da Carpinteira, felizmente livre de poluição

Calçada Romana no caminho das Sete Fontes
Até àquele local, mesmo em subida, ainda se fizera sem grandes dificuldades, mas a partir  dali, vinha a parte mais difícil, pois a subida, passando pelas nascentes (Sete Fontes) até ao caminho que liga a Rosa Negra ao lugar de À-de-Monteiro, numa das encostas mais íngremes da serra, era bastante acentuada e previa-se difícil.
Vista sobre o antigo sanatório dos ferroviários, em obras    



Ao chegarmos perto do lugar de À-de-Monteiro, lembrei-me que já por ali tinha passado em "outras luas", quando teria os meus 21-22 anos fizera várias caminhadas, algumas delas noturnas, acompanhado pelo amigo de caminhadas, Carlos Trindade (Carlitos), partindo da Aldeia do Carvalho, até às Penhas da Saúde. Tomámos o rumo na direção da estrada nacional, tendo depois seguido por um trilho que veio dar ao Parque Florestal, descemos até ao Bairro da Biquinha e finalmente chegámos ao ponto de partida.

Giesta e carqueja - a flora que abunda na serra
Foi uma caminhada de cerca de 16 km, desfrutando das belíssimas paisagens da cidade da Covilhã e da Cova da Beira, que se estende a seus pés. Verifiquei que a serra, depois dos incêndios que aniquilaram toda a vegetação, felizmente se está de novo a vestir de verde. Constatei de um excelente circuito de corrida e manutenção, no Parque Florestal, oferecendo todas as condições aos Covilhanenses para a corrida e exercício físico.
No Parque florestal da Covilhã - antiga casa dos serviços florestais 

Já perto do final na descida para o Bairro da Biquinha

Também tive o privilégio de conviver com os caminheiros, alguns deles membros do Arsenal de S. Francisco, que apesar de ser desconhecido daquelas andanças, me acolheram, como se já fizesse parte do grupo, a quem dou os parabéns por organizarem estes eventos, que muito contribuem para o bem estar das pessoas, conhecendo-se o seu benefício para a saúde.
Segundavida

4 comentários:

Anônimo disse...

Ora aqui está um passeio como eu gosto! E ainda agora, um pouco "condicionado", sou homem para isso e muito mais. :):)

Covilhã...há uns anitos que não passo por lá. Ficou a lembrança.

Grande abraço.

Tudo de bom.

Marlene Koch disse...

Continuas blogando no segundavida - - penso que andei distraida e um pouco foi falta de tempo para a internet , e acabei perdendo as etapas das tuas andanças de volta ao passado. Estas paisagens de Portugal sempre me surpreende, é fascinante. Se fosse para eu escolher um país para sondar o belo da natureza seria Portugal com certeza.

arte por um canudo 2 disse...

Que beleza!. Lindo, lindo.Temos coisas tão belas dentro deste país e pouco as aproveitamos.O JAM como amigo da natureza que é, lá vai disfrutando destes momentos belissimos.Gr. abraço.

Anônimo disse...

Saudades de teus poemas e de ti amigo Poeta!
Adoro ver teu país através de ti!
Um grande e saudoso abraço !
beijos ternos