sábado, 8 de março de 2008

Às mulheres

“A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada.” Maomé

Palavras sábias do profeta, mas na maioria dos povos Islâmicos e um pouco por todo o mundo, as mulheres continuam a ser discriminadas, agredidas, maltratadas e violentadas.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) proíbe toda a forma de discriminação com base no sexo, garante o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, reconhece a igualdade perante a lei e igual protecção contra toda a discriminação que infrinja a Declaração.

Lamentavelmente a DUDH continua a não ser cumprida em muitas sociedades. A violência contra as mulheres é um problema de todos, cabe-nos lutar contra este flagelo, ajudando, protestando e testemunhando. As vítimas, entendendo-se o medo das represálias, não se devem resignar calando o sofrimento, pois isso só contribui para a impunidade dos agressores. Também as autoridades deverão desenvolver todas as diligências necessárias para que os agressores sejam levados à justiça e os Tribunais se encarreguem de a aplicar com prontidão.

Este dia não é para ser celebrado, pois o dia da mulher é todos os dias, mas para ser meditado e relembrado que existem muitas mulheres a sofrer. A todas elas a minha solidariedade, desejando que a paz, harmonia e felicidade retorne aos seus corações.

Segundavida

quarta-feira, 5 de março de 2008

Este país não é para velhos


Na última semana estreou nas nossas salas de cinema o filme, o título intrigava-me e eu então fui ver. Arrecadara quatro estatuetas douradas, só por isso recomendava-se. Nos anos oitenta, uma sangrenta luta pela posse de um malote cheiinho de dinheiro deixada num fracassado negócio de droga e “aproveitada” por um caçador de prémios. Crime, acção e sangue a rodos, o desempenho do Javier Bardem é fantástico, que encarna um psicótico e perigoso assassino o qual jogava a vida das suas vítimas num simples gesto de moeda ao ar, pois não podia deixar o malote em mãos alheias.

A sua interpretação valeu-lhe o prémio para o melhor actor secundário, que foi bem entregue, já sobre a melhor realização, os irmãos Coen também mereceram a distinção, agora quanto ao melhor filme, na minha opinião, não foi bem atribuído, pois o derramar gratuito de tanto sangue não pode ser notabilizado.

Neste filme também temos um Xerife, interpretado por Tommy Lee Jones, que se decide mais por apoiar psicologicamente os fracos, que na realidade nenhuma culpa têm, do que apanhar o infalível e terrível assassino. Os tempos apresentavam-se-lhe de mudança, descambavam para uma criminalidade cada vez mais cruel, a idade começava já a pesar e descobriu que “Este país não é para velhos”, não tinha mais argumentos para tal cenário.

Curiosamente foi também nesta semana que o nosso país foi grassado por uma série de crimes violentos. Dizem que andamos atrasados em relação às grandes potências, neste panorama apetecia dizer “ainda bem”, precisamos de progresso mas no que toca à criminalidade violenta, bem pode por lá ficar. Parece que os vinte e tais anos estão ultrapassados, esperemos que neste país os novos enveredem por bons caminhos e os velhos nunca percam a vontade de lutar. Para isso cabe um papel importantíssimo aos nossos governantes, pois para se trabalhar no combate ao crime, que é uma missão bastante espinhosa, são necessários meios, motivação e reconhecimento.

Segundavida